Acredito firmemente que essas considerações que aqui serão feitas não devem interessar somente aos diabéticos ou as pessoas que convivem com ele, mas com certeza também a todas as outras pessoas, e você vai já entender melhor porque digo isso, então vamos lá, apesar de cada vez mais existirem mais pessoas que já nascem com essa doença, graças ao bom Deus eu não nasci diabético, assim como muitos outros, entretanto minha Avó materna e minha tia, irmã de minha mãe já eram diabéticas, logo a flecha da “MARDITA” desde o meu nascimento já estava “meio que apontada” para mim e para meus irmãos, (afinal os médicos costumam dizem que pode não ser hereditária mais ela pode ser familiar sim, ou seja, tem mais chance de você vir a ter a doença se alguém da sua vida familiar pregressa for portadora da mesma), na real o que quero dizer com isso; é que qualquer pessoa mais nova ou mais velha, em qualquer fase da vida deve sim se interessar por ter hábitos e atitudes mais saudáveis, para não pagar um preço alto com o sofrimento e as limitações causadas pelo DIABETES ou por qualquer outra doença crônica, você não concorda comigo? (CUIDADO E CANJA DE GALINHA PODEM NÃO FAZER BEM, MAS MAL TAMBÉM NÃO FAZEM). Logo hábitos alimentares saudáveis podem não ser a certeza do paraíso, do bem viver, mas descontroles e descasos com sua vida são comprovadamente o caminho mais curto para as doenças crônicas e para o sofrimento.
Veja bem o meu caso, hoje sou um indivíduo de 52 anos, tenho 1,84m de altura e peso 107 quilos, (SEGUNDO A MINHA ENDOCRILOGISTA SOU OBESO, confesso que quando ela pronunciou a seguinte frase “O Sr. tem duas enfermidades O DIABÉTES e a OBESIDADE”, não sei se ela percebeu, mas admito que fiquei bastante desconcertado, até mesmo ABORRECIDO, PUTO mesmo, pois não concordo com ela, afinal tenho consciência de que estou acima do meu peso ideal, mas daí a dizer que sou OBESO, cara isso mexeu comigo). Não sei ao certo, talvez eu esteja preso a definição de OBESO de uma pessoa bem maior, sei lá? bom vamos dizer que ela esta levando em consideração parâmetros médicos atuais muito rígidos, mas isso também é meramente uma questão de pontos de vista.
De qualquer forma voltemos a minha história pregressa de quando eu tinha uma atividade física bem intensa, pois na minha juventude pratiquei Judô (3 anos), natação (02 anos) e a minha paixão Voleibol (por 6 anos), ininterruptamente, ou seja, fui mudando de esporte por descobrir o gosto pelo outro, logo posso dizer que fui um atleta que no auge de minha vida esportiva tinha 04 horas de atividade física intensa diária, sem falar nas intermináveis horas de prazer na piscina nos fins de semana fazendo o que? JOGANDO VOLEIBOL, bom eu pesava 84 quilos, não tinha sequer uma simples dor de cabeça, comia 03 vezes mais do que como hoje, (podia comer qualquer coisa e em grande quantidade próximo a hora de dormir que não tinha nenhum problema, eu dormia rápido – pode-se dizer que morria e renascia na manhã seguinte- afinal o cansaço era enorme e acordava inteiro, lógico sentindo as dores musculares comuns de quem tem uma atividade física intensa e regular, mas mesmo assim estava pronto para um outro dia ainda mais desgastante), - hoje não posso comer nada mais pesado duas horas antes de deitar senão já era, durmo mal e acabou a noite- mas é lógico que como gastava pelo menos 05 vezes mais energia do que gasto hoje, mesmo com o normal ganho de massa muscular decorrente do desenvolvimento adquirido, conseguia me manter no mesmo peso e assim foi até aos 21 anos época em que me formei em Arquitetura e parei com a atividade física regular, já que vieram as exigências da vida adulta, trabalho, trabalho e trabalho, (entenda bem uma coisa, na verdade não existe motivo que justifique essa interrupção, seja em que momento da vida isso aconteça, tudo bem vida de atleta o tempo todo não dá mesmo, as coisas realmente mudam. Eu sei as desculpas são muitas e variadas, falta tempo, falta dinheiro pra ir a uma academia, tem a estação das chuvas e etc e tal....Enfim o universo de desculpas é interminável, mas você precisa se conscientizar de que tudo na vida se resolve quando você estabelece prioridades, ou seja, sua vida, sua saúde é prioridade pra você? e olhe que digo isso com extremo conhecimento de causa, pois tudo isso pode e deve ser aplicado a minha própria vida, afinal vivo uma eterna tentativa de começar e principalmente manter uma rotina de caminhadas que vez por outra são interrompidas, é uma MERDA, com desculpa da palavra, mas é o que é).
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O tempo foi passando e aos 24 anos época em que me casei já estava com 96 quilos, ou seja, 12 a mais do que o peso que mantive dos 13 anos aos 21 anos período em que eu levava uma vida de atleta. Realidade cruel essa, você não acha? E veja só nessa época eu ainda conseguia manter nos fins de semana uma atividade física bem intensa na piscina, nas partidas de duplas de voleibol tão saudosas e nas tardes de sábado no futebol, que pra mim era sagrado, além das saídas noturnas em que minha paixão pela dança era exercitada ao extremo. Aproveito agora para fazer um precioso parêntese, até este instante de minha vida minha alimentação era baseada nos carboidratos (ARROZ, FEIJÃO, MACARRÃO, CARNE, FRANGO, PEIXE, FAROFA, BATATA, MACAXEIRA e etc...), muito pouca salada, algumas frutas e pouco legume, na verdade comecei a ter contato com uma alimentação mais saudável quando passei a conviver com a família de minha esposa, durante o nosso namoro, pois apesar de ser uma família de origem italiana, onde normalmente se consome bastante todo tipo de massa, queijo e alimentos normalmente com um alto teor de gordura, o pai dela era cardíaco, e já havia sido operado e em função dessa nova condição dele a alimentação da casa passou a ter menos sal, gordura e massa, sem entretanto deixar de ser muito saborosa. Enfim passou a ter bem mais qualidade, e essa realidade acabou me influenciando de tal forma que depois do meu casamento boa parte dessa cultura gastronômica foi introduzida na minha nova casa, e é claro foi conjugada a alguns elementos da minha origem.
O tempo foi passando e quando chequei aos 30 anos já estava com 105 quilos, digo pra você que nesse intervalo de tempo fiz várias incursões a academias de ginástica, com diferentes prazos de validade, 06 meses, 08 meses, meu recorde foram 10 meses, e por algum motivo eram interrompidas, mas confesso que academia nunca foi a minha praia, há não, é muito chato, mas nem por isso é menos necessário. Lembro bem que foi nessa época que li uma reportagem em que uma pesquisa médica trazia as seguintes informações: a partir dos 30 anos se hipoteticamente você conseguir manter a mesma ingestão calórica e o mesmo gasto calórico você deverá ganhar cerca de 3,5 quilos a cada 10 anos pelo simples fato de que o seu metabolismo passa a funcionar mais lentamente. Caramba o CORPO NÃO AJUDA, ou será o tempo é que não ajuda? Eis uma boa pergunta pra responder em uma mesa de bar (desde que seja sem açúcar, ok). O fato é que as coisas vão ficando mais complexas e difíceis, perder peso, ganhar tonicidade nos músculos, enfim a vida, o seu corpo vai mudando mais rapidamente do que você percebe. Isso não depende de nossa vontade.
Bem os dez anos seguintes foram de muito trabalho, mas muito prazerosos também, afinal quando eu completei 32 anos nasceu minha primogênita e aos 34 veio ao mundo a segunda filha e estes bebes foram muito desejados e amados em sua plenitude você pode ter certeza disso. Durante esse período houve momentos em que cheguei a pesar 115 quilos, mas ai acendia o alarme na minha cabeça e eu fazia um grande esforço para pelo menos voltar aos 105 quilos, se bem lembro isso aconteceu de duas a três vezes, não deixa de ser uma tremenda irresponsabilidade, fazer o quê? Na realidade até os 40 anos eu continuava com uma ótima saúde, sem nenhum sintoma de doença aparente, pensava eu né. Mas é ai que as coisas começam a mudar num belo dia fui a uma loja no shopping e não consegui ler as pequenas letrinhas na placa de venda do produto ora pesquisado, elas eram do tamanho das menores que você encontra nas listas telefônicas, então pensei, que SACANAGEM, até ontem eu lia esse TREM numa boa.
Comecei a usar óculos pra perto, a chamada PRESBIOPIA (vulgarmente conhecida como VISTA CANSADA), Bom ai você começa a pensar como a vida é interessante, ela Poe se resumir a uma simples conta de somar e diminuir, quer dizer conforme você soma mais anos, fica mais velho, soma mais experiência e conhecimento, também soma mais intempéries (na forma de limitações e doenças ditas próprias da idade), afinal a conta do seu corpo físico parece estar sempre diminuindo, pois diminui a sua vitalidade, diminui a sua qualidade de vida, diminui o seu tempo de vida, diminui a sua capacidade de continuar vivendo de forma independente, enfim a forma como você encara isso, tomando consciência e agindo em prol do seu bem estar é que vai determinar o saldo dessa conta, se positivo ou negativo, é muito louco isso. Não é?
Rodolfo S Cerveira
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