A princípio é um termo bastante assustador
PROCRASTINAÇÃO, parece mesmo um baita de um palavrão, e apesar de muito pouca
gente ter conhecimento do seu real significado, ele esta presente na vida da
grande maioria das pessoas. Portanto antes de pronunciá-lo abertamente
certifique-se do contexto do local onde você se encontra, para não causar
nenhum tipo de embaraço ou constrangimento.
Todos nós quando somos questionados a respeito, somos
unanimes em afirmar em particular, “isso não, eu não sou um procrastinador”,
mas por outro lado se pararmos para raciocinar e se por ventura conseguirmos
ser totalmente fiéis a realidade dos atos e fatos, seremos obrigados a admitir
que em algum momento ou em vários momentos de nossas vidas já tivemos algum
pensamento ou alguma atitude procrastinadora, é um fato irrefutável, de fácil comprovação.
Portanto diante da constatação de que essa prática nada salutar ao ser humano é
muito difundida e infelizmente esta impregnada na cultura da sociedade atual, é
imprescindível que o ser humano comece a promover uma reação a essa prática tão
danosa a sua própria vida e por tabela a vida de toda a sua comunidade.
Se fizermos um exercício rápido de buscar na nossa
memória algumas expressões consagradas à chamada “sabedoria popular“, vamos
encontrar a expressão “não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje”, ou
seja, não é de hoje que essa praga nos afeta, na verdade é uma questão de mera
nomenclatura, pois ela apenas recebeu um nome mais pomposo, mas que em síntese
quer dizer a mesma coisa, o retardamento ou o adiamento de ações que podiam e
deviam ser feitas no presente, agora. Pode parecer bobagem, mas não é, pois em
quanto tempo as nossas vidas são adiadas e postergadas por causa da nossa
simples procrastinação.
Agora quando analisamos as consequências desse fenômeno no
espectro da medicina, no campo dos cuidados com a saúde é que ele se torna mais
preocupante e devastador, pois todos nós temos o péssimo hábito de minimizar os
sinais de problemas físicos que nos são apresentados, atribuindo aos mesmos
pouca relevância, menor gravidade, como se médico fossemos, e o resultado disso
tudo é que muitas vidas são ceifadas por simples procrastinação, pois essa
PRAGA impede a necessária identificação e o diagnóstico da doença em tempo
hábil.
Quando o “buraco é ainda mais em baixo”, digo melhor,
quando o “dito cujo procrastinador” é um doente crônico, (um diabético, um cardiopata,
um doente renal, e etc...), ai literalmente “fudeu-se”, peço perdão pelo uso da palavra de baixo calão, mas é
que não há uma outra mais apropriada para descrever a gravidade da situação em
foco. E depois pode ser que a simples pronúncia da referida palavra, que vale
dizer representa bem o ponto mais baixo, o fundo do poço, tenha o poder de
despertar as pessoas para esse assunto que tamanha relevância tem para a
sobrevivência daquilo que conhecemos como sociedade moderna, afinal de acordo
com a opinião de vários integrantes da comunidade científica esse problema assumiu
tamanha dimensão, que já pode muito bem ser classificado como um problema de
saúde pública. Portanto mais do que nunca merece uma boa reflexão a respeito.
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