Trata-se de uma das discussões mais acaloradas no mundo da
gastronomia, qual a origem do MACARRÃO. Muitos povos reclamam essa criação,
todos querem ser o “pai da massa”, entretanto tudo indica que esta disputa
chegou ao fim, pois um grupo de cientistas da Academia de Ciências de Pequim encontrou
um fiapo de macarrão, que data de 4.000 anos atrás, em uma região no Noroeste
da China, num sítio arqueológico conhecido como Lajia. Nesta região há 2.500
anos AC habitava um povoado, que ao que tudo indica foi destruído por uma
catástrofe. O macarrão encontrado, ou melhor, os restos encontrados eram bem
diferentes do que conhecemos hoje, tinha quase meio metro de comprimento e 0,3
centímetro de espessura e era feito de uma espécie de milho, o milheto.
A palavra “macarrão” vem do grego makària (caldo de carne
enriquecido por pelotinhas de farinha de trigo e por cereais, cerca de 25
séculos atrás). A história tem demonstrado que o macarrão tem o seu lugar de
destaque na cultura de diversos povos, tem sua importância até mesmo em alguns
aspectos da formatação de muitas sociedades mundo afora, afinal é um elemento extremamente
agregador, capaz de provocar a reunião de várias pessoas
ao redor de uma mesa, em muitos momentos fazendo com que elas se tornem um
pouco mais próximas umas das outras.
O relato mais aceito é que o macarrão, digo melhor o
espaguete teria chegado ao Brasil no século XIX, junto com a colônia italiana
que veio trabalhar nas fazendas de café brasileiras e acabaram se fixando por
aqui e formando uma enorme colônia Italiana em terras tupiniquins. Deixando os
aspectos históricos um pouco de lado, é muito fácil perceber a enorme
importância que esse alimento tem na mesa do brasileiro, o quão significativo é
o seu lugar na gastronomia “made in Brasil”.
Se tomarmos o meu caso como parâmetro, pois sou um
brasileiro, que tem na sua origem uma raiz portuguesa, que casou com uma pessoa
que tem origens espanholas e italianas, portanto só poderia dar em MACARRONADA,
“non é vero”! Como diz o dito popular “Aqui tudo acaba em pizza” podemos muito
bem nos apropriar do mesmo e dizer “Aqui tudo acaba em macarrão”, em muito mais
macarrão, de toda espécie, de todas as cores e de todos os gostos. Dai a minha
imensa paixão por essa iguaria.
Como um consumidor inveterado de macarrão, eu não poderia
me furtar de dedicar algumas singelas linhas a seu respeito, “é justo, é muito
justo, é justíssimo”, parafraseando um personagem muito conhecido da grande
maioria do público da televisão aberta brasileira. Para ser bem franco eu já
FUI um bom garfo de macarrão, pois o aparecimento do diabetes em minha vida, reduziu
drasticamente esse prazer quase que diário de outrora. Depois disso, minha
degustação dessa maravilha passou a ser feita em intervalos bem maiores, uma
vez a cada semana. Vale dizer que foi uma providência muito salutar da minha
esposa, diminuindo bastante não só o meu consumo, como o de toda a família.
Afinal trata-se de um veneno para os diabéticos, pois é um integrante da
categoria dos temidos CARBOIDRATOS (que já foi assunto de um Post anterior
deste BLOG), aquelas “criaturas” que se transformam em açúcar após serem
processadas pelo organismo humano. “Merda, parece que tudo que é bom faz mal”,
principalmente os maravilhosos carboidratos, me permita o desabafo em forma de
“Birra” de criança. Porém ele é mais do que merecido. Você não acha?
Brincadeiras à parte, o fato relevante a ser dito é a necessidade de promover
um consumo cada vez mais consciente e responsável de tudo que ingerimos. Afinal
viver é preciso, continuar vivendo é o que queremos e para viver mais e melhor
precisamos adotar hábitos e posturas mais saldáveis, capazes de nos
proporcionar um real BEM VIVER. De preferência podendo manter o consumo, mesmo
que esporádico de uma bela massa, de um belo “macarron”.
Rodolfo S Cerveira
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