O apoio da família é essencial em todos os momentos de
nossas vidas, porém essa verdade é ainda mais contundente e irrefutável quando
passamos de uma hora para outra, a sermos portadores de uma moléstia crônica.
No instante em que essa “chave é ligada”, em que tomamos consciência de que
esta é uma realidade imutável, somos impingidos a perceber que muitos dos
nossos valores, muitas coisas que até então valorizamos em demasia, na verdade
não tem tamanha relevância assim, e verdadeiramente passamos a enxergar o real
valor da nossa família, daqueles que mais amamos e quem mais nos amam.
É impressionante a nossa incapacidade de lidar com certas
situações, a nossa fragilidade no trato com as nossas emoções, no trato e
destrato com as coisas mais banais do nosso DIA A DIA. O Processo de busca cada
vez mais insano pela qualidade de vida e pela felicidade tem nos sido muito
caro, nos legado uma série de sequelas de toda a ordem, sejam físicas,
psicológicas, psíquicas, outras até então indefinidas, ditas próprias do mundo
moderno, enfim um emaranhado de consequências danosas a nossa breve existência
por aqui.
E dessa forma continuamos presos à mesma roda, e ela
continua girando, e vamos passando pela vida, sem que a vida passe
verdadeiramente por nós. Então em um determinado momento de nossas vidas surge
um fato novo, somos informados de um problema grave, uma doença crônica se instala
em nosso corpo, em nossas entranhas. É o fim do mundo, não, não é o FIM DO MUNDO,
não pode ser! Na verdade por mais paradoxal que possa parecer é o reinício da
nossa vida, é o reinício do “nosso Mundo”, é a chance que nos foi dada de
realinhar nossa cabeça e nosso espírito, recuperando e renovando o nosso corpo,
de forma a restaurar a nossa tríade fundamental.
Sem sombra de dúvidas não conseguiríamos sequer sair do ponto
de partida desse processo sem o apoio e o amor da nossa família, afinal ela á nossa
base, é o alicerce mais seguro e precioso que temos. Então porque em vários
momentos acabamos conscientemente ou não nos afastando dela, relegando-a a um
segundo plano, dando mais importância a outros fatores como trabalho,
profissão, bens materiais, posição na sociedade e etc. Que espécie de seres tão
imperfeitos e tão complexos, nós somos, seres ditos “humanos”. Será que
efetivamente somos merecedores dessa designação?
Não seria muito mais fácil e lógico se sempre
mantivéssemos esse NORTE, essa perspectiva de vida, se sempre estivéssemos
voltados para as coisas que realmente tem valor pra nós. Porque será que temos
que dar tamanha volta para chegar ao ponto de partida, ao ponto crucial de
nossa existência, a nossa origem, ao nosso DNA. Afinal a família é a célula
embrionária mais importante daquilo que conhecemos como sociedade humana, que
por sua vez povoa o mundo que vivemos. Será que somos tão “rasos” e tão
incongruentes assim, que carecemos de um “reles grão” de sabedoria que nos
possibilite parar de perder tanto tempo com subterfúgios e bobagens inteiramente
irrelevantes, que via de regra, só nos traz dissabores e sofrimentos. Que MERDA
de seres nós somos afinal?
Rodolfo S Cerveira
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