sábado, 15 de abril de 2017

A IMPORTÂNCIA DA PROXIMIDADE E DO CARINHO DA FAMÍLIA NA VIDA DE UM DOENTE CRÔNICO



O apoio da família é essencial em todos os momentos de nossas vidas, porém essa verdade é ainda mais contundente e irrefutável quando passamos de uma hora para outra, a sermos portadores de uma moléstia crônica. No instante em que essa “chave é ligada”, em que tomamos consciência de que esta é uma realidade imutável, somos impingidos a perceber que muitos dos nossos valores, muitas coisas que até então valorizamos em demasia, na verdade não tem tamanha relevância assim, e verdadeiramente passamos a enxergar o real valor da nossa família, daqueles que mais amamos e quem mais nos amam.


É impressionante a nossa incapacidade de lidar com certas situações, a nossa fragilidade no trato com as nossas emoções, no trato e destrato com as coisas mais banais do nosso DIA A DIA. O Processo de busca cada vez mais insano pela qualidade de vida e pela felicidade tem nos sido muito caro, nos legado uma série de sequelas de toda a ordem, sejam físicas, psicológicas, psíquicas, outras até então indefinidas, ditas próprias do mundo moderno, enfim um emaranhado de consequências danosas a nossa breve existência por aqui.


E dessa forma continuamos presos à mesma roda, e ela continua girando, e vamos passando pela vida, sem que a vida passe verdadeiramente por nós. Então em um determinado momento de nossas vidas surge um fato novo, somos informados de um problema grave, uma doença crônica se instala em nosso corpo, em nossas entranhas. É o fim do mundo, não, não é o FIM DO MUNDO, não pode ser! Na verdade por mais paradoxal que possa parecer é o reinício da nossa vida, é o reinício do “nosso Mundo”, é a chance que nos foi dada de realinhar nossa cabeça e nosso espírito, recuperando e renovando o nosso corpo, de forma a restaurar a nossa tríade fundamental.


Sem sombra de dúvidas não conseguiríamos sequer sair do ponto de partida desse processo sem o apoio e o amor da nossa família, afinal ela á nossa base, é o alicerce mais seguro e precioso que temos. Então porque em vários momentos acabamos conscientemente ou não nos afastando dela, relegando-a a um segundo plano, dando mais importância a outros fatores como trabalho, profissão, bens materiais, posição na sociedade e etc. Que espécie de seres tão imperfeitos e tão complexos, nós somos, seres ditos “humanos”. Será que efetivamente somos merecedores dessa designação?


Não seria muito mais fácil e lógico se sempre mantivéssemos esse NORTE, essa perspectiva de vida, se sempre estivéssemos voltados para as coisas que realmente tem valor pra nós. Porque será que temos que dar tamanha volta para chegar ao ponto de partida, ao ponto crucial de nossa existência, a nossa origem, ao nosso DNA. Afinal a família é a célula embrionária mais importante daquilo que conhecemos como sociedade humana, que por sua vez povoa o mundo que vivemos. Será que somos tão “rasos” e tão incongruentes assim, que carecemos de um “reles grão” de sabedoria que nos possibilite parar de perder tanto tempo com subterfúgios e bobagens inteiramente irrelevantes, que via de regra, só nos traz dissabores e sofrimentos. Que MERDA de seres nós somos afinal?



Rodolfo S Cerveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário