A história da PIZZA, em Portugal PIZA, diferente do
conhecimento popular e do fato de ser considerada tipicamente italiana, pois os
babilônios, hebreus e egípcios já misturavam o trigo, amido e a água para assar
em fornos rústicos há mais de 5.000 anos. Naqueles tempos a massa recebia o
nome de “pão de Abraão”, tinha uma aparência dos pães árabes atuais e recebia o
nome de piscea.
Os fenícios, três séculos antes de Cristo, costumavam
acrescentar coberturas de carne ao pão: já os turcos muçulmanos adotavam esse
costume durante a Idade Média e por causa das cruzadas, essa prática chegou à
Itália, onde começou a ser incrementada, dando origem à pizza que conhecemos
hoje. Chegou ao Brasil por meio dos imigrantes italianos.
Achei muito pertinente essa breve introdução à história dessa
tão apreciada e ilustre integrante da culinária mundial, que particularmente no
Brasil, ocupa um lugar de destaque no contexto da cultura gastronômica do nosso
povo. Afinal o que seria dos sábados e domingos de muitas famílias brasileiras
sem uma eventual e pomposa visita a uma pizzaria, e as comemorações de
aniversário que sempre povoam esses lugares com sua dinâmica e alegria
características, o que dizer então das rodas de encontro, de estudo ou de
trabalho que sempre comportam em algum momento o pedido de uma pizza para
abrandar a fome de todos. Na verdade, o único momento em que ela decididamente
não é bem vista é na sua utilização, mesmo que em sentido figurado, em alguns
cenários e situações da vida atual brasileira, para explicitar o cometimento de
um delito ou malfeito grave e que infelizmente é muito provável que nada será
feito para sua correção e punição dos responsáveis, logo comumente se diz que “tudo
vai acabar em pizza”.
Assim como o frango da “televisão de cachorro” que é o
famoso plano B, das famílias brasileiras quando algo dá errado na programação
de seus almoços e/ou jantares, ou mesmo em situações especiais e atípicas, a
pizza se tornou a segunda opção do referido plano B para essas ocasiões. Sua
facilidade e rapidez de produção e preparo, sua versatilidade na escolha dos
complementos, mesmo considerando que a massa, que não por acaso é o ítem mais
trabalhoso, é oferecida em larga escala no mercado de panificação das pequenas,
médias e grandes cidades brasileiras, são fatores suficientes para promover a
sua perpetuação na preferência popular.
Acabou se tornando um ótimo motivo para promover o
congraçamento e a reunião das pessoas em torno de uma mesa, precisamente em
torno de uma pizza. Assim como muitas pessoas também tenho minhas lembranças
afetivas, pois minha filha quando pequena dizia “papai quero pikica”, era mais
ou menos assim a grafia do som que ficou gravado em minha memória e em meu
coração, como era agradável aquele som.
Como você já esta “careca” de saber, PIZZA é comida, é
refeição, é merenda, é lanche, é guloseima, é a sobra do ontem que se
transforma no café da manhã, gelada ou quente, como vier, é muitas vezes a
única opção, é uma maravilha de invenção, um patrimônio “material e imaterial“
da humanidade, dependendo do aspecto e do referencial. Mas é também um PUTA exemplar
de carboidrato, e para mim e para os meus colegas diabéticos, é motivo de
cuidado e parcimônia na condução do mais indicado grau de seu consumo durante
nossa breve existência por AQUI. Devo confessar que no meu caso, não chega a
ser um tormento, um sacrifício hercúleo, pois nunca fui um consumidor contumaz,
portanto para me adequar aos novos padrões de um doente crônico, não fui obrigado
a fazer uma redução tão drástica assim na minha porção básica individual (02
fatias, eventualmente podendo chegar a 03), porém a periodicidade foi
forçosamente mais espaçada, não há como ser diferente. “É vida que segue”, como
bem diz o apresentador Chico Pinheiro.
Portanto viver sem a pizza ainda não foi preciso, e
sinceramente espero que a diabetes não seja a causadora do término de um hábito
alimentar tão prazeroso e que tamanha significação social e cultural carrega em
si mesmo. Afinal a degustação de uma bela pizza é um dos poucos prazeres que
essa nossa NÃO TÃO DOCE vida pode nos proporcionar, “ non é vero”?
Rodolfo S Cerveira
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