Nossas vidas são pontuadas
por acontecimentos marcantes, mais ou menos importantes, que deixam memórias e histórias
boas ou ruins, de toda forma, fatos que deixam a sua marca indelével em nossas
existências. Hoje em particular quero deixar um breve relato sobre uma das
datas mais importantes da minha vida, que é o dia 13 de outubro de 1995, data do nascimento de minha primogênita, minha
querida e amada filha.
Como a grande totalidade das
“graças” alcançadas em minha vida, o fato de ser pai - que para muitos é tão
natural e em alguns casos chega até a se constituir em um enorme problema - não
fugiu à regra, tive que batalhar para conseguir realizar esse sonho, que afinal
era muito intenso “desde que me entendo como gente”. Esperar por oito longos
anos, depois de casado; passar por uma cirurgia de varicocele para evitar
possíveis futuras dores, pois para ser fiel as minhas convicções, jamais faria
uma intervenção cirúrgica com o objetivo único de melhorar a fertilização, pois
sempre achei que a primeira alternativa viável seria a adoção, por outro lado
não há como negar que ela acabou contribuindo para melhorar esse aspecto também;
quase adotar uma criança, uma outra menina, que o destino não quis que fosse
concretizada; enfim passar por várias situações dolorosas e que muito dissabor me
causaram, foi um grande aprendizado, foi literalmente “engrossar o casco”, mas nem
por isso posso dizer que não valeu a pena, há! isso não.
Lembro bem que nessa época,
ano de 1995, as coisas não estavam muito fáceis, as dificuldades financeiras
eram consideráveis e a possibilidade de um considerável incremento de despesas
com a vinda de um filho, justo o(a) primeiro(a), mexe com o “cabeção” de
qualquer pessoa, dá uma tremedeira nas pernas, um aperto no “estrobago”, enfim o
sujeito fica pra lá de mexido, mas também não é nada que não possa ser
plenamente administrado, mesmo porque a avalanche de bons sentimentos, da expectativa
que a novidade traz em seu bojo é algo que supera qualquer preocupação,
deixando um saldo pra lá de positivo. De fato em poucos dias eu já estava conseguindo
afastar um pouco as preocupações com o lado prático da situação e curtindo o lado mágico, maravilhoso do fato de me tornar PAI, verdadeiramente nas nuvens.
Aos 32 anos de idade com
muito mais expectativas e bem mais saudável, pois ainda não tinha sido
apresentado a hérnia de disco, nem muito menos ao diabetes, a vida era bem mais
fácil. Será mesmo? È fato que elas já estavam lá, digamos incubadas, esperando
o momento para se mostrarem, me perdoem a figura de linguagem, mas é
desnecessário dizer que a vida vai nos mostrando caminhos diversos dos que nós
traçamos inicialmente, ou sonhamos um dia. Logo é fundamental nos adaptarmos o
quanto antes as novas realidades que nos são apresentadas, aprendendo a extrair
delas o melhor possível, para enfim seguir em frente rumo ao bem viver
Para finalizar este breve
relato, quero desejar a pessoa que á a razão, a inspiradora do mesmo, que no
meu coração e na minha memória afetiva, será sempre o meu bebê amado, que hoje
completa 22 anos, uma vida cheia de realizações e que Deus esteja sempre
iluminando o seu caminho. E que com certeza estarei sempre olhando e orando por
você. Te amo muito filhota.
Rodolfo S Cerveira
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