Porque nos seres humanos,
tão pretensamente desenvolvidos já não nascemos suficientemente sábios,
carregados de todo o conhecimento de que precisamos, munidos de todas as
informações importantes para as nossas existências. Não tenho dúvida que a
resposta a essa questão é a necessidade precípua de passarmos pelo processo de
aprendizado para enfim conseguirmos atingir o nosso desenvolvimento, enriquecer
significativamente o nosso tão empobrecido SER. Enfim atingir o saber sem experimentar
o processo de aprendizagem é bastante inócuo, sem sentido, e principalmente empobrece
a nossa caminhada no que tange a nobreza dos objetivos a serem alcançados.
Desde que nascemos, ou
melhor, atualmente já existem provas cientificas de que mesmo na fase
intrauterina, já temos condições de absorver alguns conhecimentos importantes
para as nossas vidas, e que provavelmente carregaremos por toda a nossa
caminhada. Por outro lado mais importante do que aprender é saber como dispor
do conhecimento adquirido, o que fazer com esse saber no seu dia a dia e
principalmente na relação com o outro e ainda, como esta muito em voga, com o
meio em que vivemos, e isso na verdade pouco nos é legado pelas gerações
anteriores, não por culpa especifica de alguém, mas por falta de “expertize” da
coisa em si, que somente algumas pessoas conseguem alcançar e que na verdade a
grande maioria “não tá nem ai pra essa coisa toda”, o que é uma grande
tristeza, pois o mundo seria bem melhor se grande parte dos seres desse mundo
despertassem definitivamente para esse fato.
O tempo vai passando vamos
crescendo, o que nem sempre corresponde necessariamente a um desenvolvimento,
mas enfim parafraseando o apresentador Chico Pinheiro da Rede Globo, ӎ vida
que segue”, e para nossa desventura ser quase que absoluta, muitas vezes não
nos damos conta de tudo o que nos cerca, do poder de transformação e melhoria
que temos e por conseguinte não temos consciência disso. Mesmo porque depois do
meio ambiente o principal beneficiário dessa conquista é o próprio ser “dito
humano”, isso não é um paradoxo dos mais dolorosos para a nossa civilização?
No espectro micro da vida de
um único indivíduo, do seu próprio corpo, ainda assim a ignorância e o
desrespeito com as suas características e seus limites são espantosos, podem
até ser considerados poderosos ataques intramuros que infelizmente tem o poder
de causar uma tremenda destruição no referido ser. Logo é preciso que as
pessoas passem a adotar um olhar mais atento aos fatos que as rodeiam, as circunstâncias
e consequências que as mesmos podem assumir e a partir deles, aprender a
absorver as boas lições possíveis, digo melhor, literalmente “tirar leite de
pedra”, extrair bons ensinamentos não só dos bons momentos, mas também das
situações ruins e desfavoráveis da vida.
Para o ser “humaninho
diabético” ou para o portador de qualquer outra doença crônica, o exercício constante
da busca pelo conhecimento é ainda mais importante e salutar, pois a todo
momento, em tudo o que faz e principalmente em tudo o que ingere, ele deve
fazer um bom uso desse manancial, de forma a lhe possibilitar uma melhor
condição de se readequar as exigências e limitações da nova configuração de sua
vida, a partir da doença, para o resto de sua vida. Logo a sabedoria do doente
crônico é em síntese assumir sua condição precípua, respeitando as prescrições
médicas e os seus limites e acima de tudo viver a vida intensamente, sem medo
de ser feliz, afinal somos maiores e melhores do que a “PORRA” dessa doença,
certo!
Rodolfo S Cerveira
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