domingo, 28 de maio de 2017

A PROIBITIVA PAIXÃO PELO MACARRÃO NOSSO DE CADA DIA DE UM DIABÉTICO.



Trata-se de uma das discussões mais acaloradas no mundo da gastronomia, qual a origem do MACARRÃO. Muitos povos reclamam essa criação, todos querem ser o “pai da massa”, entretanto tudo indica que esta disputa chegou ao fim, pois um grupo de cientistas da Academia de Ciências de Pequim encontrou um fiapo de macarrão, que data de 4.000 anos atrás, em uma região no Noroeste da China, num sítio arqueológico conhecido como Lajia. Nesta região há 2.500 anos AC habitava um povoado, que ao que tudo indica foi destruído por uma catástrofe. O macarrão encontrado, ou melhor, os restos encontrados eram bem diferentes do que conhecemos hoje, tinha quase meio metro de comprimento e 0,3 centímetro de espessura e era feito de uma espécie de milho, o milheto.


A palavra “macarrão” vem do grego makària (caldo de carne enriquecido por pelotinhas de farinha de trigo e por cereais, cerca de 25 séculos atrás). A história tem demonstrado que o macarrão tem o seu lugar de destaque na cultura de diversos povos, tem sua importância até mesmo em alguns aspectos da formatação de muitas sociedades mundo afora, afinal é um elemento extremamente agregador, capaz de provocar a reunião de várias pessoas ao redor de uma mesa, em muitos momentos fazendo com que elas se tornem um pouco mais próximas umas das outras.


O relato mais aceito é que o macarrão, digo melhor o espaguete teria chegado ao Brasil no século XIX, junto com a colônia italiana que veio trabalhar nas fazendas de café brasileiras e acabaram se fixando por aqui e formando uma enorme colônia Italiana em terras tupiniquins. Deixando os aspectos históricos um pouco de lado, é muito fácil perceber a enorme importância que esse alimento tem na mesa do brasileiro, o quão significativo é o seu lugar na gastronomia “made in Brasil”.


Se tomarmos o meu caso como parâmetro, pois sou um brasileiro, que tem na sua origem uma raiz portuguesa, que casou com uma pessoa que tem origens espanholas e italianas, portanto só poderia dar em MACARRONADA, “non é vero”! Como diz o dito popular “Aqui tudo acaba em pizza” podemos muito bem nos apropriar do mesmo e dizer “Aqui tudo acaba em macarrão”, em muito mais macarrão, de toda espécie, de todas as cores e de todos os gostos. Dai a minha imensa paixão por essa iguaria.


Como um consumidor inveterado de macarrão, eu não poderia me furtar de dedicar algumas singelas linhas a seu respeito, “é justo, é muito justo, é justíssimo”, parafraseando um personagem muito conhecido da grande maioria do público da televisão aberta brasileira. Para ser bem franco eu já FUI um bom garfo de macarrão, pois o aparecimento do diabetes em minha vida, reduziu drasticamente esse prazer quase que diário de outrora. Depois disso, minha degustação dessa maravilha passou a ser feita em intervalos bem maiores, uma vez a cada semana. Vale dizer que foi uma providência muito salutar da minha esposa, diminuindo bastante não só o meu consumo, como o de toda a família. Afinal trata-se de um veneno para os diabéticos, pois é um integrante da categoria dos temidos CARBOIDRATOS (que já foi assunto de um Post anterior deste BLOG), aquelas “criaturas” que se transformam em açúcar após serem processadas pelo organismo humano. “Merda, parece que tudo que é bom faz mal”, principalmente os maravilhosos carboidratos, me permita o desabafo em forma de “Birra” de criança. Porém ele é mais do que merecido. Você não acha? Brincadeiras à parte, o fato relevante a ser dito é a necessidade de promover um consumo cada vez mais consciente e responsável de tudo que ingerimos. Afinal viver é preciso, continuar vivendo é o que queremos e para viver mais e melhor precisamos adotar hábitos e posturas mais saldáveis, capazes de nos proporcionar um real BEM VIVER. De preferência podendo manter o consumo, mesmo que esporádico de uma bela massa, de um belo “macarron”.



Rodolfo S Cerveira

domingo, 21 de maio de 2017

A IMPORTÂNCIA DE TOMAR MUITA ÁGUA, NA VIDA DE UM DIABÉTICO


Tomar muita água faz bem às pessoas, em especial ao diabético faz ainda melhor? Não é preciso ser um médico ou estudioso para saber que a água é a substância mais importante para a sobrevivência do ser humano, literalmente falando, pois o corpo de um indivíduo adulto possui entre 60% e 75% de água na sua composição. A quantidade de água no organismo varia em função da idade, do sexo e da quantidade de tecido adiposo que a pessoa possui. Quando nascemos a água constitui aproximadamente 72% do nosso peso corporal e à medida que envelhecemos, a porcentagem de peso corporal representada pela água diminui gradativamente.


Partindo do pressuposto de que a vida é impossível sem a água e que o corpo humano não é uma caixa d’água, ou seja, precisamos repor toda a quantidade que expelimos através da respiração, suor, lágrimas, urina, saliva e fezes. E se considerarmos que nossos rins são saudáveis e estão em pleno funcionamento, o total de água que perdemos por dia é de 1,5litros, por isso é imprescindível repor pelo menos a mesma quantidade que se perdeu para manter um equilíbrio apropriado. Isto equivale a 7 ou 8 copos diários, incluindo pelo menos 400 ml de água que provem de nossas refeições diárias.


A água exerce inúmeras funções essenciais no organismo humano. Age como principal solvente do organismo e de toda a matéria viva, possibilitando a ocorrência das reações químicas, tem importante participação nos processos fisiológicos e de transporte de substâncias, desde a digestão até a absorção e excreção. Por meio da água, os nutrientes, as moléculas e as demais substâncias orgânicas são transportadas pelo corpo. Graças a ela, o nosso intestino e o nosso sistema circulatório funcionam. Quando deixamos de ingerir água, o nosso organismo entra em processo de desidratação. Enfim se eu me detivesse a enumerar as diversas e igualmente relevantes funções da água no nosso corpo, levaria o resto dessa resenha e ainda assim seriam necessárias mais algumas para complementar o assunto. Entretanto este não é o objetivo do mesmo, ok!


Muitos médicos e pesquisadores afirmam que a ingestão de água nos níveis recomendados pode diminuir sensivelmente o risco de diabetes. A quantidade de água ingerida esta relacionada à regulação dos níveis de açúcar no sangue. Um hormônio chamado vasopressina, que tem a função de evitar a desidratação e manter os eletrólitos em níveis adequados, aumenta quando o corpo recebe pouca água. Todavia a presença desse hormônio em grande quantidade, pode levar ao aumento da glicose no fígado, fato este que no longo prazo, pode alterar significativamente a produção e a resposta à insulina.


Depois de toda essa abordagem, digamos assim com um cunho mais científico do tema, que sem dúvida nenhuma é algo um pouco estranho as premissas desse BLOG, o que por sua vez não diminui nem mascara a sua relevância, na medida em que pode verdadeiramente contribuir de forma significativa com a “causa” do doente crônico. O fato realmente importante nisso tudo é que todos nós, principalmente os diabéticos de plantão, eu prontamente me incluo nesse contingente, precisamos estar atentos aos benefícios do hábito de tomar a quantidade diária recomendada de água. É imprescindível procurar a orientação de um médico para estabelecer quais os parâmetros que definem esse volume ideal, afinal para cada um de nós esses valores são específicos, particulares, pois cada ser humano, cada organismo tem características e necessidades próprias, únicas. 


O “resumo da opera” é o seguinte: várias pesquisas ao redor do mundo chegaram à conclusão de que a ingestão de água em quantidades adequadas pode ajudar na prevenção do diabetes. Logo administrar bem esse fator pode gerar muitos benefícios a nossa saúde, consequentemente melhorando a nossa qualidade de vida. É igualmente verdade também que essas mesmas pesquisas reforçam a extrema importância dos cuidados com os outros fatores associados que devem ser muito bem controlados, como alimentação saudável, atividade física e controle da obesidade.


Rodolfo S Cerveira

sexta-feira, 12 de maio de 2017

AS COISAS QUE REALMENTE TEM IMPORTÂNCIA NAS NOSSAS VIDAS




Em posts anteriores deste Blog foi mencionada a importância de se fazer as atividades de nossa vida com amor, com paixão para que elas tenham um significado maior e dessa maneira possam se tornar verdadeiramente mágicas. Para quem leu os mesmos ou ainda para você que ainda não o fez, mas que pode muito bem fazê-lo nesse momento, será muito mais fácil de entender o sentido da mensagem do presente post.

Há pouco mais de um mês, quando da apresentação do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) da minha filha, que esta se formando em Biologia. Me vi em uma situação meio estranha, digo melhor, apesar de sempre ter participado de todas as comemorações da escola formal, da escola de dança, enfim de todas as atividades dela ao longo de sua breve existência, no primeiro momento não fechei a questão e resolvi de imediato que iria assistir a referida apresentação, afinal esse tipo de programa não é algo tão comum na sociedade atual, pois boa parte dos jovens, mesmo não vendo tal situação com os, digamos assim, “melhores olhos” não se sentem tão à vontade diante da presença dos pais nessa hora, pois acabam ficando envergonhados e ou constrangidos com a presença dos mesmos nesse momento tão particular do próprio estudante e de seus pares, algo que pode ser dito como “intra muros”. Além do mais precisamos lembrar que “eles não são mais crianças”, não é assim que eles costumam bradar com toda a sua energia?

Enfim o objetivo especifico desta breve resenha é tentar dividir com você o sentimento que acabei vivenciando, ou seja, no segundo momento quando decidi que iria SIM, acompanhar a defesa do trabalho, deixando para trás a minha agenda tão cheia e conturbada, os meus inúmeros afazeres daquele dia, afinal era um momento importante para minha filha e com toda a certeza a presença da família - pois não só eu, como a mãe e a irmã, todos nós comparecemos ao evento, um verdadeiro programa de família- poderia muito mais ajudá-la do que efetivamente causar algum sentimento de constrangimento. Só depois de transcorrido todo o processo de apresentação, do recebimento da nota e da aprovação, e é claro depois de algumas lágrimas que teimaram em cair dos meus olhos em vários momentos da apresentação, é que me dei conta de como foi importante também para mim estar presente naquele momento da vida acadêmica dela. Quanta significação teve para mim como PAI, acompanhar “in loco” a vitória e o crescimento da minha querida e amada filhota, tanto no campo pessoal como no profissional, pois pude comprovar o desabrochar de uma grande profissional, que acima de tudo tem paixão pelo que faz.

Para dar um fecho nessa singela resenha, o PAPAI DIABÉTICO, ORGULHOSO E CHEIO DE SATISFAÇÃO AQUI, gostaria de dizer que não lembro de nenhum amigo da minha geração ou da geração anterior a minha, que tenha dito que seu pai ou mãe teria acompanhado essa apresentação tão comum na vida acadêmica de todos nós. Por favor não me entenda mal, pois não se trata de uma reclamação ou crítica ao comportamento dos pais em questão, mas apenas de uma constatação de que essa “cerimônia” é um belo exemplo de um fato da vida (um momento verdadeiramente mágico) que poderia e deveria ser melhor vivido, aproveitado, e curtido, pois isso nos faria muito BEM, tenha certeza disso.

PARABÉNS FILHA QUERIDA, por sua conquista. “Tamo junto”, sempre!


Rodolfo S Cerveira

sábado, 6 de maio de 2017

A PROFUNDA TRANSFORMAÇÃO NA VIDA DA FAMÍLIA DE UM DOENTE CRÔNICO



O aparecimento de uma doença crônica na vida de uma pessoa não representa só uma mudança na sua existência em especial, mas sim uma significativa transformação no modo de viver da família dela como um todo, afinal é algo que afetará a todos indistintamente. É um ledo engano achar que você poderá circunscrever as providências e os cuidados à pessoa do doente, pois mesmo a família rigorosamente não adoecendo junto com o mesmo, ela forçosamente terá que arcar com o ônus do tratamento. E o quanto antes o doente e os seus se conscientizarem dessa realidade, melhores serão as chances de êxito nesse processo. E menores serão as sequelas advindas do mesmo.


Desde o primeiro momento que comecei a frequentar a casa dos meus sogros, pude comprovar o quão maravilhoso era o PALADAR da casa, o tradicional arroz com feijão e bife eram acima da média, obra dos dotes e conhecimentos culinários da minha sogra. Mas o que eu não imaginava era que esse paladar já estava extremamente restrito e confinado ao universo de uma culinária bem mais leve, com menor teor de sal e gordura, pois na casa havia um doente crônico, (meu sogro), na verdade um doente cardíaco que passara por uma cirurgia de ponte de safena há mais de 10 anos. Ainda em constante estado de recuperação e renovação da vida. Então eu me perguntava como teria sido antes desse evento, que hábitos tão saborosos e ao mesmo tempo tão danosos a saúde de todos foram forçosamente deixados para trás? Que consequências diretas esses hábitos podem ter tido na configuração dessa doença? As transformações sentidas por todos foram tão traumáticas assim? Enfim eu poderia fazer um verdadeiro rosário de questões a respeito, mas o que verdadeiramente importa é que o engajamento de todos no processo de recuperação foi e sempre será fundamental.


Isso tudo aconteceu a 34 anos atrás, época em que eu tinha 19 anos, ainda atleta, com muito atividade física na minha rotina e sem nenhuma doença aparente. É certo que também data desta época uma ligeira desconfiança do meu cunhado (que é médico) e que sempre me questionava ao me ver tomando bastante água, se eu não era diabético? A minha resposta era sempre que eu ainda não estava ou era, mas que as luzes amarelas estavam sempre acesas, pois minha avó materna era Diabética, e em função disso eu mantinha alguns cuidados básicos, tais como a realização de exames periódicos.


Quando alguns anos depois essa hipótese se materializou e eu me tornei um diabético, passei a experimentar a enorme transformação a que foi submetido o meu lar, a minha casa, e a minha família. Não se trata somente de restrições alimentares, se bem que, como diz o ditado, “nós somos o que comemos”. A princípio, é fato que o controle alimentar é o mais radical, pois uma série de coisas que antes eram consumidas sem nenhuma preocupação, o bolo, o chocolate, a cocada, só para exemplificar, a partir desse momento passam a ser criteriosamente escolhidos, de forma a reduzir a possibilidade da ingestão de elementos danosos a saúde de todos, não só do doente crônico. O que num primeiro momento pode parecer um exagero, privar os demais ocupantes da casa, principalmente os mais jovens de desfrutar de tais delícias. Por outro lado, como essa doença em especial, tem um alto grau de transferência por herança familiar, o cuidado com quem ainda não é, mas que poderá vir a ser um doente em potencial no futuro nunca é demais, pelo contrário é muito indicado e salutar.



Rodolfo S Cerveira