segunda-feira, 7 de agosto de 2017

AMIZADE, A IMPORTÂNCIA DE TER AMIGOS PARA VIVER BEM


Poucas coisas na vida, tem mais importância do que a AMIZADE, talvez só o amor seja um pouco mais impactante e com certeza tem igual relevância e significação, mesmo porque o amor não sobrevive sem a amizade. Por outro lado, é a amizade que consegue manter os laços mais intensos entre as pessoas desse imenso lugar ao qual chamamos de nosso mundo. Isso acontece por meio da congregação de pessoas tão díspares e tão distantes entre si, literalmente de tribos e tipos diferentes sob os mais diversos aspectos, mas que acabam se unindo em torno desse sentimento tão especial.


A família, o primeiro núcleo, realmente “a primeira tribo”, em que nos vemos inseridos, é constituída de indivíduos, de células únicas, (os primeiros e normalmente os mais intensos amigos que teremos na vida), particulares, com características próprias, mas que guardam entre si além de uma gama de interesses e sentimentos afins, uma amizade intrínseca que tem sua semente plantada no seu DNA e que com o desenrolar da vida vai se fortalecendo, apesar da distância física que possa vir a existir entre os seus membros.


Como boa parte dos ensinamentos que vamos recebendo durante a nossa existência, não são por nós inteiramente absorvidos, pelo menos no primeiro momento, alguns de nós deixamos “escorrer por nossas mãos”, até mesmo a essência do fato, do aprendizado propriamente dito. E isso acaba acontecendo muitas vezes em função dos subterfúgios que acabamos criando para de repente não encararmos as situações de frente, “olho no olho, face to face” como se diz por ai, e então acabamos perdendo um tempo precioso com prejulgamentos, preconceitos, pré-requisitos e outras “pré-bostas” que na verdade só servem para atrapalhar, para nos distanciar das pessoas que realmente gostamos, que nos fazem bem e que no fundo gostaríamos que gozassem sempre de nossa companhia. E assim esse tipo de comportamento só serve para alimentar o ciclo vicioso que determina o aumento da distância entre a ignorância e o saber da consequente satisfação da conquista da amizade verdadeira.


Posso dizer que sou uma pessoa que tem muitos conhecidos com quem mantenho relativa e cordial convivência e a quem devoto bons sentimentos de amizade, mas o fato é que amigos como diria o meu pai “AMIGOS DO PEITO”, aqueles que estão sempre prontos a nos ajudar e por quem afirmamos ser a recíproca igualmente verdadeira, esses realmente são poucos, raros e assim me vejo na obrigação de tentar mantê-los sempre nessa condição, afinal esse é o verdadeiro ouro da vida. Fazendo uma breve reflexão e considerando ter plena consciência dessa realidade devo admitir que poderia ter feito um pouco ou quem sabe bem mais para tentar manter algumas dessas amizades para mim tão caras, que hoje estão bem afastadas, e é importante frisar também que em muitos casos o afastamento se deu pela influência direta de uma terceira pessoa, ou seja, foi um elemento externo a relação em si que acabou desencadeando o processo, o que não diminui a minha incapacidade de lidar com a situação. Assim sendo me atrevo a afirmar que sabedoria e uma dose bem menor de orgulho são os nossos melhores companheiros nessas horas.


O “ser humaninho diabético” deve ser antes de tudo o melhor amigo de si mesmo, aprendendo a cuidar bem de seu corpo, de sua alma e de seu espírito, seguindo os princípios da lealdade e fraternidade com a sua própria pessoa. Para quem não tem uma doença crônica, esse tipo de afirmação pode parecer estranha, fora do lugar, mas para poder compreendê-la melhor basta observar as atrocidades que muitas pessoas fazem com seu próprio corpo ao longo de suas existências, ficando assim bem mais fácil de contextualizar a referida citação. Devo dizer ainda que não estou falando do alto de meu perfeito auto controle(coisa que não existe e nem nunca existiu), e em nenhum momento neste blog, adotei a postura do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, pois apesar de estar neste momento de minha vida com a taxa de glicemia sob controle, em tudo o que aqui foi e será postado sempre haverá a preocupação de não faltar com a verdade, pois só assim poderei ´manter o respeito por mim mesmo e também por você que me acompanha. Logo assim como muitos que por ventura venham a ler estas resenhas, sou um diabético bom de boca por natureza, que vez por outra não resiste à tentação e literalmente faz uma “MERDA”, come um sonho de valsa, come uma maravilhosa fatia de torta de morango, toma um refrigerante bem geladinho, toma um suco de maracujá com açúcar, pois com adoçante é uma coisa horrorosa, enfim esses pequenos deslizes fazem parte da minha vida também.


Nas diversas fases da vida, em casa, na escola, no clube, na prática do esporte, no ambiente acadêmico, no mundo do trabalho, no mundo em geral, na rua mesmo, vamos encontrando e somando pessoas a essa classe, na verdade eu diria elevando-as a categoria de amigos. Quantas pessoas, quantos amigos passam por nossas vidas e se vão, se distanciam, nós também nos distanciamos delas é bem verdade, muitas vezes sem um motivo aparente, os “sábios de plantão” dizem que isso é normal, pois os caminhos vão se bifurcando, e cada um segue uma trilha diferente. Eu particularmente, depois de 53 anos vividos, estou sempre procurando preservar a todo custo o meu inconformismo com os ditames, com as ditas verdades da vida, prefiro achar que é preciso ter um olhar um pouco mais atento, meticuloso, interessado para a questão, pois é um patrimônio que temos e pelo qual deveríamos brigar com maior intensidade para mantê-lo e torná-lo ainda mais sólido, e dessa forma nos tornarmos seres um pouco melhores.



Rodolfo S Cerveira